2011 começa a se desenhar na TV brasileira

22 de dezembro de 2010 Deixe um comentário

Já que há muito, muito tempo eu não posto nada no blog, resolvi não deixar para o próximo ano e fazer um texto de despedida para 2010, que foi um ano bastante conturbado para mim pelo menos. Início desolador, mudança para o Rio de Janeiro, volta para o interior, falta de rumo, retorno a São Paulo. Até dezembro chegar e as coisas ficarem melhores! Novo emprego, certeza de ficar na cidade que eu adoro e certeza de que os pagamentos serão feitos.
Na TV, o cenário também é de mudanças. A crise no Grupo Sílvio Santos, com o rombo no banco PanAmericano, deve frear investimentos no SBT, gerar cortes, mudanças de estratégias e até boatos da inclusão de programas de vendas e religiosos. Nada confirmado pra sorte do telespectador!
Após 25 anos, Hebe deixa a emissora e se transfere pra RedeTV! Bom para o SBT! Por mais que não haja outra igual, o salário de R$ 500 mil para a estrela pode ser pouco para o seu talento, mas era bastante para um programa que fora outras despesas batia em quatro pontos de audiência. O programa parou no tempo, enquanto o público e a TV mudaram. Talvez essa mudança seja boa para a apresentadora também, que ganhará mais espaço e será forçada a fazer modificações em seu programa. E ela saberá como fazer. Basta ligar a câmera que é a vez dela, mas a produção tem de trabalhar mais e tornar as pautas atuais e interessantes e deixar o caminho para a estrela brilhar.
Xuxa poderá ocupar as tardes da Globo. Finalmente! Chega de programas infantis antequados, competindo com competições esportivas. Uma combinação que nunca ia funcionar e o novo horário é aquilo que todo mundo que sabia que tinha de acontecer, menos a apresentadora quando desistiu do programa dominical, que ia muito bem das pernas.
Bem, agora são férias e coisas novas virão! Vamos ficar de olho. Não vou prometer, mas quero realmente estar mais presente por aqui em 2011.

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Uma rosa bem cuidada

7 de abril de 2010 Deixe um comentário

Remake do SBT vem agradando os fãs de telenovelas.

Pouco mais de um mês após sua estreia no SBT, o remake de ‘Uma Rosa com Amor’ tem agradado ao se apresentar como uma opção leve e despretensiosa. A escolha do horário das 20h15, confrontando-se diretamente com o ‘Jornal Nacional’, preenche uma lacuna há muito esquecida pelas tevês brasileiras. O horário do JN é, a meu ver, uma ótima opção para os noveleiros que não querem ficar com a sisudês cada vez mais disfarçada e a informação históricamente tendenciosa do principal telejornal do País. Na década de 80, a Rede Manchete chegou a usar essa estratégia ao criar seu segundo horário de novelas, apresentando produções como ‘Helena’.

Uma Rosa com Amor

SBT investiu nas últimas semanas em mais chamadas para sua novela.

Apesar do escolha acertada, o novo horário ainda não mostrou desempenho em audiência esperado. Mas vale lembrar que assistir TV é uma questão de hábito. A novela das oito vai ao ar às 21h há mais de uma década. O SBT que adora mexer incontáveis vezes precisa deixar o telespectador criar o hábito de colocar na emissora no horário do jornal da Globo e isso pode levar algum tempo.

A nova versão de Tiago Santiago da obra de Vicente Sesso, exibida anteriormente na Globo, traz elementos simples que muitas vezes faltam às tramas complexas, cheias de núcleos e autores, cada vez mais presentes na tevê brasileira.

Em meio ao enredo principal e a história da solteirona Serafina Rosa Petroni e seu amor impossível com o patrão, o núcleo do cortiço do Bixiga, com atores experientes como Betty Faria, Edney Giovenazzi, Jussara Freire, Etty Fraser e João Acaiabe, se destaca e vai ganhando espaço na trama, como não poderia ser diferente graças ao talento dos atores. O tom cômico com as fofoqueiras e o apelo cultural da imigração italiana são temáticas muito simples e que agradam bastante, principalmente a quem como eu meio que faz parte da comunidade, já tendo cursado italiano na igreja da Nossa Senhora da Achiropita, sendo presença frequente na tradicional festa de rua, torcedor da Vai-Vai e, claro, descendente de italianos. O núcleo ‘italiano’ agrada até mais que o romance previsível dos protagonistas.

Foto: Lourival Ribeiro / SBT

Boa seleção de atores ajuda no desempenho da trama

Aos poucos o autor também vai se soltando e dando seus toques à trama, utilizando problemas atuais, como a depressão e bipolaridade de uma das personagens. Em ‘Prova de Amor’, na Record, Santiago abusou e com sucesso desse recurso e agora começa a testá-lo com o público mais tradicional do SBT.

Foto: Carol Soares / SBT

Protagonistas voltam ao vídeo após alguns anos.

A boa seleção dos atores e atrizes pelo SBT, que apesar de não ter grandes investimentos, trouxe de volta à tela atores um tanto esquecidos, como os protagonistas Carla Marins e Cláudio Lins. Ao lado de atores mais tarimbados e alguns novatos, acertou-se no ponto ideal. Muito diferente de algumas seleções da Globo, que chega a usar só rostinhos bonitos nos papéis principais e deixa os bons atores para segundo plano. O resultado é que o autor acaba tendo de alterar toda a trama para dar mais espaço aos bons atores e esconder o novatos. Em ‘Caminho das Índias’, o Márcio Garcia fez uma rápida aparição sem abrir a boca no capítulo final. Pouco para quem iniciou a trama como protagonista.

‘Quase Anjos’ repete fórmula teen consagrada

17 de março de 2010 Deixe um comentário

Depois de um relativo sucesso na Argentina, onde foi apresentada pela principal rede, a Telefe, ‘Quase Anjos’ chegou ao Brasil nesta semana, na tela da Band. A novela teen repete a mesma fórmula da maioria das produções que fizeram sucesso nesta década.

O formato é o mesmo já utilizado em ‘Rebelde’ (Televisa), ‘High School Musical’ (Disney), ‘Floribella’ (RGB-Band), ‘Frecuencia 04’ (Telefe) e até mesmo em alguns momentos da brasileira ‘Malhação’ (Globo). São histórias que focam turmas de adolescentes, com cortes rápidos e diálogos breves. Em meio ao enredo, um grande número de musicais em formato de videoclipes é inserido.

Em menos de 10 minutos, ‘Quase Anjos’ já tinha apresentado pelo menos dois números musicais, onde uma grande plateia aplaudia a apresentação da banda formada por três garotos e duas garotas.

Além de conseguir a empatia do público, esse formato é muito viável economicamente, pois alavanca a venda de inúmeros produtos, como DVDs, cadernos, roupas etc. Tamanha a repetição dos números musicais que, em pouco tempo, cria-se uma ‘febre’ e os teens já estão com as músicas na ponta da íngua e doidos para assistir um show do grupo.

Nem mesmo a barreira da língua que faz com que a novela chegue à TV brasileira com dublagens, em sua maioria lastimáveis, impedem que o públicosimpatize e passe a adorar as produções. Se hoje as novelas dubladas foram praticamente extintas do horário nobre devido às baixas audiência, os mais jovens parece que não se incomodam tanto com o castelhano dublado.

A falta de conteúdo é visível. As histórias são batidas e totalmente previsíveis até mesmo para o teen mais mal informado, mas a atração ganha muito na forma como é apresentada. As novelas lembram muito os programas de clipes dos anos 80 e 90, quando as boybands dominavam a cena entre o público jovem.

Hoje, os Anjos e RBDs tomam o lugar das bandas como Menudo, Dominó, New Kids on the Block, Five e N´Sinc na preferência dos adolescentes. A novela como pano de fundo ajuda a segurar uma audiência diária e o sucesso acaba sendo inevitável.

Só resta saber até quando esse formato não será saturado. A última aposta da própria Band no gênero foi ‘Isa TKM’, que também agradou muito na América Latina, não repetiu o sucesso no Brasil. Quase sempre, a cópia da cópia começa a perder a qualidade e um novo formato precisa ser pensado.

Há mais de uma década no ar, ‘Malhação’ vive buscando se atualizar. A nova temporada de ‘ID’ ainda não acertou o foco entre o que os teens brasileiros querem ver no final da tarde.

Antes mesmo de estrear no Brasil, ‘Quase Anjos’ já era requisitada por fãs no Brasil, que já queriam até mesmo show dos atores/cantores argentinos. Nesse horário, conseguir cinco pontos para a Band – que depois tem sua grade quebrada com o missionário R. Soares – já é uma vitória. Vamos esperar mais algumas semanas pra ver.

Domingo de luta

11 de novembro de 2009 Deixe um comentário

A nova briga dos domingos

A ida de Gugu Liberato para a Record acabou acirrando ainda mais a briga

gugu

A ida de Gugu pra Record acirrou a briga dos domingos

pela audiência do domingo – dia em que a maioria das pessoas estão em casa e acabam ligando a TV. Se antes, a disputa ficava entre Gugu e Faustão, com o “Domingo Espetacular” e o “Pânico na TV” beliscando alguns pontinhos que restavam do “Fantástico” ou dos dois primeiros, agora temos um cenário bem indefinido. O quadro atual lembra até mesmo a audiência da TV norte-americana, onde quatro grande redes estão sempre próximas no share.

A partir das 20h, onde a disputa se concentrou, o “Fantástico”, que liderava com tranquilidade, passou a perder pontos em preciosos. Matérias chatas, quadros enfadonhos, falta de novidades entre outros fizeram com que o líder absoluto caísse e encostasse nas demais atrações. Migrando parte de sua audiência do antigo canal, Gugu patinou um pouco nos primeiros programas, repetindo os mesmos quadros, mas ganhou agilidade nas últimas semanas, fortalecendo as atrações mais assistenciais e utilizando links ao vivo, que era um pedido do apresentador logo em sua chegada na Barra Funda. O programa ainda tem a crescer. Novos quadros humorísticos, com antigos integrantes do Pânico, que hoje estão na geladeira da Record devem melhorar a atração.

Sílvio Santos chegou à liderança quando recebeu RonaldoDepois de mudar de horário para concorrer com o próprio Gugu, o programa Sílvio Santos mantém seu público fiel, mesmo apresentando uma atração um tanto arcaica e sem grandes atrativos, mantém sempre seus nove pontos, chegando a crescer como no caso em que recebeu o jogador Ronaldo, do Timão. O programa mostra que se tiver um investimento e algumas ideias novas pode acirrar ainda mais a briga.

O “Pânico na TV” conquista o público mais jovem e um pouco mais qualificado que seus adversários. Com uma edição rápida e uma fórmula criativa, o programa tem estabilizado sua audiência, chegando à casa dos dois dígitos, às vezes colando no “Fantástico”. Apesar da escassez de recursos da RedeTV!, o programa também está na briga e vez ou outra chega à liderança, como no caso Zina, que havia sido preso com porte de cocaína durante a semana.

Tá na hora do show da vida ressuscitarO interessante é que todos os quatro competidores estão dispostos a brigar. O “Fantástico” já admitiu mudanças em seus quadros e mobilizou a equipe de jornalismo para ressuscitar o “Show da Vida”. A ordem é tirar os quadros que tentam ser engraçados e colocar mais matérias investigativas, como já funcionou anteriormente. Ah… e chega de reportagens de comportamento, que ninguém aguenta mais! O “Programa do Gugu”também promete ganhar mais agilidade com a exibição de fatos em tempo real e links ao vivo. Promete encurtar alguns quadros mais cansativos, explorar mais humor. Ou seja, vai aos poucos abandonando a fórmula do “Domingo Legal”.

O “Programa Sílvio Santos” também prepara novidades, entre elas novos formatos de disputas e a volta de pegadinhas com os já conhecidos Ivo Hollanda e Gibe. Já, o “Pânico na TV” também se inova a cada domingo e por isso conquista um índice alto em uma TV que dificilmente chega aos cinco pontos de audiência. É esperar para ver os próximos capítulos…

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´Bela a Feia´

30 de setembro de 2009 Deixe um comentário

As aparências enganam …

Como a Bety ficaria bonita?

Como a Bety ficaria bonita?

Acompanhei nas últimas semanas alguns capítulos da adaptação brasileira de “Bela a Feia”, exibida diariamente pela Record, no horário das 21h. Em resumo: gostei do que vi, mas o horário de apresentação está completamente equivocado. A história já é bem conhecida e agradou bastante os brasileiros. Aqui, a versão original colombiana esteve por três vezes na tela da RedeTV! (2002, 2003 e 2006) e ainda alguns poucos assistiram a versão mexicana no SBT. Na TV a cabo e no SBT ainda é exibida a série norte-americana ´Ugly Betty´, que foge um pouco mais do texto inicial de Fernando Gaitán, mas mantém a mesma essência. Como toda novela latino-americana (excluindo o Brasil), tem uma protagonista mulher que sofre durante vários meses nas mãos de uma bela vilã até terminar com o bonitão.

A diferença e o que talvez tenha sido responsável pelo sucesso da trama foi o fato da protagonista ser uma pessoa desprovida de beleza e ser obrigada a trabalhar num ambiente (revista de modas) onde as demais mulheres estão dentro dos padrões atuais de moda (magras, altas e com cabelos lisos). A novela se mostrou um retrato do que vivemos hoje com a ditadura da beleza exterior. Mesmo com esse tom crítico, o texto brincava com esses padrões de beleza, colocando as mais belas atrizes como vilãs. Do outro lado, havia o chamado “quartel das feias”, que reunia mulheres com algo fora da padrão, no entanto, eram as ´boazinhas´.

Quem disse que a Gisele Itié é tão bonita assim? Ela?

Quem disse que a Gisele Itié é tão bonita assim? Ela?

Lembro-me que uma das coisas que mais segurava os telespectadores era a expectativa de ver a atriz bonita por fora também. Todos esperavam por essa transformação que aconteceria na hora em que ela tirasse o aparelho, os óculos e fizesse chapinha. No Brasil, todos já sabiam como a Gisele Itié ficaria ao final da novela, mas todos queriam ver como ela ficaria feia. Os divulgadores da novela até exageram em dizer que era preciso mais de uma hora para transformar a protagonista. Calma aí! Estamos falando somente da Gisele Itié!

No Brasil, Bela (Itié) mora na Gamboa, bairro da zona portuária do Rio de Janeiro, que foi muito bem reconstruído no parque Terra Encantada, na Barra da Tijuca. O núcleo cômico vai ganhando espaço no texto tupiniquim, com a barbearia Montezuma e seus funcionários e clientes. Em seu primeiro papel cômico, a atriz Bárbara Borges como Elvira e Laila Zaid como Magdalena se destacam. Outra que também está muito bem na trama e vem ganhando espaço é Simone Spoladore, a Verônica.

Apesar do texto interessante, de um elenco à altura e da boa produção, a Record erra ao colocar a novela pra bater de frente com ´Viver a Vida´. A estratégia é suicida para uma produção que envolve investimentos desse porte. Mesmo se a novela de Manoel Carlos não for bem, dificilmente o público vai migrar para uma outra produção que em tudo lembra uma ´novela das sete´. Enfrentando diretamente o principal produto da rival, ´Bela a Feia´ não consegue sequer chegar perto dos dois dígitos. Definir bem o público principal do programa é algo que a rede paulista parece não fazer. Assim como na trilogia mutante, o público da nova produção é mais jovem e de classes mais baixas, o que não condiz com o horário das 21h. O público que gosta de novela não tem opção no horário dos dois jornais, enquanto o público que quer ver telejornal é obrigado a optar por um ou outro: o original ou a cópia. Lembro que as novelas da Manchete, com produções muito boas e elenco de primeira, sempre fugia do combate direto com as novelas da Globo. Elas iam ao ar no horário do ´Jornal Nacional´ ou após a ´novela das 9´.Com essa estratégia, a Record está jogando fora muito dinheiro, já que dificilmente cairá no gosto do povo e conseguirá aumentar sua audiência – o que significa maior faturamento e anúncios mais caros. Outro ponto é que o próprio ´Jornal da Record´ ao bater de frente com o jornal da Globo também vem perdendo audiência.

Aliás, neste ano a Record parece patinar em estratégias desastradas e impensadas. Se no ano passado, era o SBT que colecionava tiros n´água, mudando os programas de horário a todo instante e perdendo pontos de audiência, agora é a vez da concorrente repetir o feito. Tanto que o SBT, com séries norte-americanas – que custam muito menos que as novelas do RecNov – reconquistar a vice-liderança em horários que antes eram da concorrente. No penúltimo capítulos de ´O Mistério da Ilha´(The Harper´s Island), a emissora da Anhanguera chegou aos dez pontos, contra seis da emissora da Barra Funda.

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´Amor Imenso´

24 de setembro de 2009 Deixe um comentário

Domingo passado, assisti ao último episódio da terceira temporada da série “Big Love”, produzida e apresentada pela HBO. Apesar de não ter grande apelo ao público brasileiro, já que aqui não há tantos mórmons (apesar de eu ser um deles) ou quase não há registro de quem pratique o casamento plural, a série segurou minha atenção em suas três primeiras temporadas.

Bill e suas esposas Margene, Nicki e Barb.

Bill e suas esposas Margene, Nicki e Barb.

Não sou um grande aficcionado por séries, afinal elas funcionam como novelas, que é um gênero que me prende mais, mas o show produzido por Tom Hanks segurou minha atenção ao mostrar um mundo imaginável e muito distante. Quando se fala em poligamia, todo mundo já automaticamente associa a questão com algum tipo de bandalheira. Hoje, a poligamia é praticamente uma unanimidade de algo condenável, seja em grupos religiosos mais tradicionais ou na sociedade como um todo. Ninguém se coloca, como acontece com o telespectador da série, no lugar das pessoas que optam por um estilo de vida tão irreal à nossa época.

Tudo bem que se trata de uma série de ficção e isso fica muito claro nos últimos episódios, mas os conflitos de Bill com suas três esposas e respectivos filhos soam bastante reais e comprovam a máxima que diz: “se já é difícil um relacionamento com uma mulher, imagina com três?”. Além das dificuldades em se administrar uma família numerosa, o protagonista ainda enfrenta a rejeição da sociedade e da igreja, afinal Salt Lake City, capital de Utah, é habitada em sua maioria por SUDs (Santos dos Últimos Dias), que, diferente do que alguns ainda pensam, não só deixaram de praticar a poligamia há mais de cem anos, como abominam tal prática. Por sinal, sempre achei muito engraçado o fato de até hoje as pessoas ainda associarem a imagem de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias com a poligamia. Garanto que frequento os bancos da igreja desde os 17 anos, servi como missionário durante mais dois anos, mas jamais conheci um só polígamo pessoalmente.

Por essa razão, a família da série precisa esconder sua prática para não ser confundida com membros de seitas, que sob o manto do casamento plural praticam atrocidades como arranjar casamentos forçados para crianças ou aprisionar seus membros. Esses grupos estão sempre presentes onde deveriam estar: nas colunas policiais.

O cenário do programa cria para a TV um espetáculo cheio de conflitos que tornam a série dinâmica e atrativa para o telespectador, tanto que a série já recebeu e está concorrendo novamente ao Emmy ao Golden Globe (Globo de Ouro). Infelizmente, no Brasil, a série fica restrita a alguns que tem o privilégio de ter a HBO em seus pacotes de TV por assinatura ou têm paciência e banda larga suficiente para fazer o download dos episódios ou mais dinheiro ainda para importar os DVDs que, ontem, encontrei na Fnac por mais de R$ 200. O site do SBT coloca a série em sua programação, mas ela está escondida em algum dia da semana, por volta das 4h. Se alguém conseguir encontrar…

Uma pena que a terceira temporada se resumiu a dez episódios. Agora, é necessário esperar a série reestrear somente em janeiro na América do Norte para um pouco mais tarde chegar à TV brasileira.

A versatilidade de Rodrigo Faro

16 de setembro de 2009 Deixe um comentário

Nestas últimas semanas, tenho me dedicado a assistir e ´estudar´ os diversos formatos de programas de auditório. Tanto através da TV, para os programas nacionais, ou pela internet para conhecer os shows que são apresentados fora do País. Alguém que me chamou muita atenção devido à boa desenvoltura frente ao pouco tempo de experiência na função foi Rodrigo Faro, que está à frente de “O Melhor do Brasil” e do reality show “Ídolos”.

Rodrigo Faro comanda ´O Melhor do Brasil´

Rodrigo Faro comanda ´O Melhor do Brasil´

Apesar de ficar um pouco mais engessado no formato do programa da Freemantle, Faro, em pouco tempo, já deu sua cara ao “Melhor do Brasil”, anteriormente comandado por Márcio Garcia. Na atração de sábado, ele se mostra mais solto e à vontade, principalmente no quadro “Vai Dar Namoro”. Na atração, ele brinca com os participantes, tira onda com o auditório e com ele próprio. Como uma forma maior de atrair os ´ficantes´, o apresentador dança de “Não Se Reprima” até “Melô do Créu”.

Apesar da pouca idade (gostei dessa parte, afinal ele é um ano mais velho que eu) e não muito tempo na função de apresentador, Rodrigo já tem muito tempo de experiência frente às câmeras. Lembro-me inicialmente dele justamente como um dos apresentadores do “ZYB Bom”, que foi exibido em 1988, nas tardes da Band. O programa tinha o slogan: “rede infantil, ano 2000” e era comandado por seis crianças-adolescentes, dentre eles a atriz Samantha Monteiro e os irmãos Aretha e Rafael Vanucci, filhos de Vanusa (risonha e límpída) com Augusto César Vanucci, então diretor artístico da emissora. A ideia era retomar o formato que tinha dado muito certo nos anos 80 das noites globais, com os musicais infantis, como “Pirlimpimpim”, “Pluct Plact Zoom”, “Casa de Brinquedos” ou “A Arca de Noé”. Na atração, Faro além de apresentar desenhos e atuar em esquetes também cantava.

Seguindo a carreira de cantor, felizmente terminada rapidamente, Faro também integrou a segunda formação do grupo Dominó. Mais uma vez, ele mostrava sua versatilidade, cantando e dançando as coreografias da ´boy band´ brasileira. Após isso, ainda lembro da apresentação de programas adolescentes na própria decadente Record da década de 90, como o “Zap”, até sua chegada às novelas.

O começo não foi muito animador. Nem eu mesmo lembrava de sua participação em “Antonio Alves, o taxista”, fracasso do SBT em parceria com uma TV argentina. Mas, o ator foi numa crescente, provou seu talento, chegando ao horário nobre da Globo em “Suave Veneno” e em “América”.

Rodrigo Faro foi integrante do grupo Dominó

Rodrigo Faro foi integrante do grupo Dominó

O faro dos diretores da Record parece ter funcionado bem no ano passado, quando tiveram de arranjar um substituto para Márcio Garcia, que voltava para a Globo. A escolha do então ator para comandar uma atração de auditório para um público menos envelhecido e menos tradicional que o do domingo surgiu efeito rápido. Vale lembrar que ele continuou fazendo participações em novelas e está na segunda temporada da apresentação do “Ídolos”. Menos de um ano depois de sua escolha, a Record sabiamente assegurou o artista em seu elenco até 2017, evitando assim o assédio das concorrentes, principalmente do SBT, por onde Rodrigo já passou em diversas oportunidades.

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O jornalismo pífio do SBT

3 de agosto de 2009 Deixe um comentário

Cabrini de volta ao SBT

Record e SBT brigam ponto a ponto pela vice-liderança da audiência, mas quando se trata do jornalismo, a emissora da Barra Funda está cada vez mais próxima da Globo. Já, o SBT, que nunca teve força nesse segmento, continua com um produto fraco, tendo apenas alguns rostos conhecidos do público à frente das bancadas.

Roberto Cabrini retorna ao SBT

Roberto Cabrini retorna ao SBT

A contratação de Roberto Cabrini, que já passou pela emissora, pode ser um aceno de que a emissora de Sílvio Santos pode voltar a investir nessa área. No entanto, a assinatura do contrato do jornalista parece, a princípio, apenas uma manobra semelhante à executada com Roberto Justus e Eliana. A Record assinou com Ana Paula Padrão, que era do SBT, e agora a rede da Anhanguera dá o troco, quebrando o contrato de Cabrini, que produzia matérias e apresentava o “Repórter Record”.

Hoje, o “SBT Brasil”, comandado por Carlos Nascimento, tem um desempenho pífio, chegando a ficar atrás do “RedeTV! News”, que é apresentado no mesmo horário. O “Jornal do SBT”, que entra no ar mais tarde, melhora um pouco no share da audiência, mas tem os mesmos problemas da outra atração. Apesar de ter um bom jornalista na leitura das notícias, já conhecido do público, a produção ainda deixa muito a desejar. O ritmo é fraco e as matérias são superficiais. Assistindo ao “Jornal Nacional” ou ao “Jornal da Record”, percebe-se a fragilidade do jornalismo do SBT. Até mesmo a Band tem muito mais tradição e credibilidade nessa área. Globo e Record possuem equipes maiores, bons editores e bons jornalistas. Para montar um jornalismo forte, a Record copiou o que a líder já fazia, quando não levou os profissionais da concorrente.

SBT Brasil consegue ficar atrás da RedeTV!

SBT Brasil consegue ficar atrás da RedeTV!

Já, o SBT se preocupa mais com a parte estética de seus telejornais, apostando em rostos conhecidos e com credibilidade. Há poucas semanas, a emissora também anunciou que prepara novos cenários, mas em matéria de conteúdo não mostrou nada de novo.

Roberto Cabrini é um ótimo jornalista, principalmente quando sai à rua e exerce a função de repórter. Na Globo, ele teve uma boa experiência como correspondente internacional, cobrindo a Fórmula 1 e produzindo matérias investigativas. Na Band, comandou o “Jornal da Noite”, mas a falta de estrutura da emissora do Morumbi visivelmente prejudicou seu trabalho. O mesmo pode acontecer no SBT, caso a rede não melhore a estrutura do seu departamento de jornalismo.

Carlos Nascimento também teve longos anos aprendendo na Globo. Depois, passou por Record, Cultura, voltou pra Globo, Band e agora é o âncora do SBT. Apesar de ser um profissional respeitado, a qualidade do jornal deixa a desejar.

Historicamente, o SBT teve poucos momentos em que conseguiu produzir bons telejornais. O canal que tem a cara do extinto “Aqui Agora” deu espaço a Bóris Casoy no final da década de 80. Casoy foi o primeiro âncora do País e, durante vários anos, deu credibilidade ao jornalismo da emissora, até ser contratado pela Record. Depois de muitos anos sem sequer ter um departamento de jornalismo, a emissora apostou em Ana Paula Padrão. Ela ficou no ar por alguns meses, foi trocada de horário, não decolou e acabou esquecida na produção do “SBT Realidade” que entrava semanalmente, por volta da meia-noite.

Agora, com a contratação de Roberto Cabrini, pode ser que a emissora de Sílvio Santos tente mais um voo na área de jornalismo. A história não é favorável. Mesmo com o advento do controle remoto, programas jornalísticos são pautados pela tradição. A Globo é líder nesse setor porque investe ininterruptamente há muitos anos. O “Jornal Nacional” é referência porque está há quase 40 anos praticamente no mesmo horário, com poucas mudanças nos apresentadores e na equipe.

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Quem quer ser Hebe Camargo?

24 de julho de 2009 Deixe um comentário

As loiras ´geladas´ da TV brasileira

Sempre uma estrela no ar!

Sempre uma estrela no ar!

Nem toda loira da TV é a Hebe! Aliás, a Hebe Camargo é única. Perua assumida, é a mãe, a amiga e a vizinha que todos gostaríamos de ter. Não moro na rua dela, mas pelo menos estou no mesmo bairro e sempre a caminho do trabalho dou um ´tchauzinho´ pra ela de dentro do carro. É um exemplo de vitalidade e do que uma apresentadora deveria ser. Tudo bem que ela não é loira natural, mas para mim é mais verdadeira apresentadora do País. A naturalidade com que ela comanda seu programa é algo digno somente dos mestres da TV, com seu patrão Sílvio Santos. Mas não vou falar muito da loiruda hoje. Vou deixar isso na memória, assim como os poucos minutos que fiquei frente a frente com ela.

Vamos falar das outras loiras da TV, que querem ser um dia como a Hebe. E nessa fila, já pegaram senha até o momento: Xuxa, Ana Maria Braga, Angélica, Eliana e Ana Hickmann. É claro que qualquer uma delas teria muita estrada para chegar próximo da estrela do SBT, mas acho que quem se aproxima mais é a intitulada Rainha dos Baixinhos.

Xuxa tem carisma, mas parou no tempo

Xuxa tem carisma, mas parou no tempo

Lembro-me que uma vez voltando de um dia e noite exaustivos de trabalho, em um evento no Rio de Janeiro, ainda tínhamos de sair de Jacarepaguá e chegar ao hotel na zona Sul. Para não dormirmos e o tempo passar mais rápido, fizemos a brincadeira do chapéu e eu afirmei que não tiraria o chapéu pra Xuxa. Embora, a história da apresentadora seja longa, ela ainda não conseguiu fazer nada diferente do que a fez chegar ao topo na década de 80, apresentando programas infantis. Sem o pulso de Marlene Mattos, Xuxa mudou muito com a maternidade. Ao invés de olhar para a carreira, passou a gostar mais do papel de mãe. Com isso, seu desempenho na TV foi diminuindo, enquanto Sacha ia crescendo. Ao deixar de fazer o “Planeta Xuxa” e voltar a investir em programas infantis, a apresentadora global retrocedeu e não acertou mais o ponto. Acho que uma mudança de emissora cairia bem para a ex-modelo. Ela e a Globo estão numa fase cômoda, onde ela trabalha pouco, fazendo um programinha escondido na grade do sábado de manhã e a Globo não tem uma possível ameaça caso ela estivesse em outra emissora. Acho que Xuxa tem carisma e tem sua linguagem pra apresentar programas, mas parece ter outras preocupações na vida. A recente crise do 40 parece ter afetado um pouco a Maria das Graças também, mas quem sabe não é um momento de renascimento?

Por fora, Angélica está mais bonita e mais magra

Por fora, Angélica está mais bonita e mais magra

Outra que segue trilha bem parecida com Xuxa é Angélica. Aliás, isso desde o início da carreira. Angélica nasceu para ser a Xuxa da Manchete, onde a própria Xuxa nasceu como apresentadora infantil. No SBT, tentou alguns programas infanto-juvenis. Na Globo, não teve êxito ainda. Primeiro, tentou o horário que era da Xuxa e não deu. Depois, tentou “Fama” e hoje apresenta um quadro de 15 minutos diário, mas que ganhou mais espaço. Também ganhou um programa aos sábados que é um pouco mais a sua cara. Talvez exista mais potencial na loira de São Bernardo do Campo, mas ela também hoje divide o tempo com o cuidados aos filhos.

Eliana poderá ter um terreno fértil no SBT

Eliana poderá ter um terreno fértil no SBT

Eliana foi a remanescente das apresentadoras infantis. Embora tenha iniciado cedo a carreira, foi encontrando seu espaço no vácuo deixado pelas duas primeiras. Ainda na Record, apresentava programa pra crianças e licenciava milhões de produtos, o que certamente lhe rendeu um bom faturamento. Com as tardes do domingo, foi crescendo em audiência. Embora tenha uma imagem pública não muito favorável, começou a mostrar personalidade. Agora, de volta ao SBT com status de estrela, Eliana parece ter grande espaço para desenvolver seu talento e crescer como profissional. Se tiver humildade, pode se manter por um bom tempo.

Hickman parece ter um futuro brilhante na TV

Hickmann parece ter um futuro brilhante na TV

Ana Hickmann talvez seja a que mais cresceu nos últimos anos. Não em tamanhos de pernas, claro! Começou fazendo uma ponta no “Tudo a Ver”, falando sobre moda. Depois, passou a dividir a apresentação do “Hoje em Dia” e agora chega mesmo que provisoriamente ao “Tudo é Possível”. No ar, a gaúcha passa muita naturalidade e, em alguns momentos, se demonstra à vontade, parecendo que está no sofá da Hebe. Essa pequena experiência certamente será muito útil para o futuro da apresentadora, principalmente para aprender a interagir mais com o público. Aposto algumas fichas na modelo gaúcha. Parece ser competente e dedicada naquilo que se propõe a fazer e passa ao telespectador que tem humildade para aprender. Acho que ela vai longe!

A estupidez de Ana Maria Braga é salva pelo louro José

A estupidez de Ana Maria Braga é salva pelo louro José

Ana Maria Braga chega a ser bizarra. Mesmo não tendo um auditório para interagir, tem uma atuação pífia no comando do “Mais Você”. Não tem carisma com público algum. Comporta-se como se tivesse 60 anos a menos. Quando improvisa, é um desastre, que chega a tomar proporções judiciais. Tem sorte de ter um papagaio, dividindo o estúdio, pois é o louro José quem salva a atração. Se fosse só pelo seu talento, iria ser difícil achá-la no vídeo. Na Globo, Ana Maria seria uma opção para estimular o povão que levanta cedo a ligar a TV. O que foi aquilo quando ela se vestiu de Madonna? Ah.. tenha bom senso e nos poupe! Aliás, as atrações populares da Globo costumam ser lastimáveis, afinal o que a emissora do Jardim Botânico sabe fazer é novela e jornalismo.

O programa patina. São sempre necessários incluir realities shows e convidar artistas de expressão, porque a apresentadora não segura a atenção do público. Falta personalidade, falta inteligência para saber conduzir qualquer debate ou passar alguma informação jornalística e faltam muitas outras coisas para a apresentadora agradar.  Ser uma nova Hebe? Primeiro que há muito tempo ela já não é nova e não percebeu. E depois, precisa nascer de novo e reaprender tudo desde os primeiros passos.

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Que escolha tenho eu?

22 de julho de 2009 Deixe um comentário

O monopólio da assinatura

No início dos anos 90, pudemos finalmente comemorar a chegada da TV por assinatura ao País. Até que enfim, era possível assistir canais como “CNN”, “Espn” e “Cartoon Network” e outras poucas opções que tínhamos além do VHF e UHF ou parabólica banda C. O início se deu com o Canal +, em alguns bairros da zona Sul paulistana. Depois, em seu lugar, nasceu a TVA, do grupo Abril, e seu terrível sinal MMDS. Para quem morava na região da avenida Paulista, alguns canais chiavam mais que os antigos canais abertos. Um pouco mais tarde, chegou o sistema de cabos com a NET e o MultiCanal até a TVA também executar sua rede.

skavurzkaA NET, da Globo Participações, foi se mostrando a única alternativa sólida. Até mesmo quando as coisas não estavam bem na empresa, ela conseguiu um empréstimo milionário do BNDES e expandiu seu império. Incorporou a MultiCanal e tudo que ia aparecendo pela frente, até mais recentemente a rede Vivax (Grande ABC e interior). As poucas opções foram desaparecendo. O coronel russo das propagandas da operadora não poderia ser melhor. Afinal, remetem ao socialismo soviético onde não havia livre concorrência e o Estado era o responsável por todos os serviços públicos.

Em regiões onde era cabeada, TVA era uma opção ao serviço NET

Em regiões onde era cabeada, TVA era uma opção ao serviço NET

A TVA ainda existe, mas o Grupo Abril acabou passando parte do controle para o grupo Telefònica, que é visto sempre com um pé atrás pelos consumidores paulistas, principalmente os que já tiveram a infelicidade de assinar o serviço Speedy.

Hoje, a única real concorrente é a Sky, que também tem como proprietária a mesma Globo Participações. Em virtude de uma fusão global, a DirecTV, que também um dia já foi da Abril, foi engolida pela Sky. Quem perdeu com todo esse apetite do grupo foi o telespectador, que hoje tem como única escolha qual pacote de programação vai querer e poder pagar. Ainda resta escolher se quer satélite ou cabo. Em meu caso particular, o prédio em que moro é antigo o suficiente para não suportar o cabeamento do sistema por satélite, então nem essa opção eu tenho.

Aliás, há algumas opções regionais à NET, mas com pouquíssima representatividade. No satélite, Telefònica TV Digital e Via Embratel correm o risco de seguir o caminho da TecSat e deixar de operar. Talvez, a Nossa TV se viabilize por se dedicar a um público mais segmentado, embora com um quadro irrisório de assinantes ainda.

Será que o Speed vence a corrida final?

Será que o Speed vence a corrida final?

Não ter opção me lembra da época em que existia a Telesp e você demorava anos para ter um telefone instalado em sua casa. E era o que tinha. Reclamar? Trocar de prestadora? Sem chance. É o que senti ontem quando assistia empolgado na HBO o filme “Speed Racer”. Já era por volta da meia-noite e o enredo entrava em seus momentos finais. Era chegada a hora da grande corrida. E, de repente, fiquei sem sinal da NET. Em questão de segundos, eu estava sem telefone, internet e sem a possibilidade de terminar de assistir o filme que tinha escolhido pra ver ou mesmo assistir qualquer outra coisa na TV. E qual a opção que me restou? Nenhuma. Fui dormir e, felizmente, quando acordei tudo estava funcionando de novo. Mas o filme, vou ter de esperar por uma nova exibição.

Quando existiam pelo menos duas opções de assinaturas, podíamos saborear canais diferentes, de acordo com nossos interesses, com pacotes diferenciados também. Eu não precisava passar pelos sete canais, pra mim, praticamente inúteis do Telecine para chegar ao que interessava, que era a HBO e muito menos pagar por eles. Ainda haviam canais, como CBS Telenotícias, CMT, Superstation e ESPN Brasil, que eram exclusivos da TVA e competiam com GNT, Multishow, SporTV e Globo News. Mas devido ao quase monopólio da NET, os canais que ficavam de fora de sua grade, não se viabilizavam economicamente. Casos mais recentes, como o Fiz e Ideal, tiveram o mesmo triste fim.

As operadoras de TV por assinatura necessitam de grande investimento inicial, principalmente na opção de cabo. Hoje, abrir o capital a investidores estrangeiros soa melhor do que aplicar o monopólio. Foi o que aconteceu na telefonia e pode muito bem se repetir nesse outro serviço. Se isso acontecer, principalmente o assinante terá muito a ganhar. Cada vez mais pessoas têm acesso aos canais por assinatura, mas ainda a imensa maioria dos brasileiros está restrito ao serviço de TV aberta. Até mesmo se nos compararmos com a Argentina, temos muito a desenvolver e isso só acontecerá se houver uma disputa sadia entre os operadores.

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